Considerações sobre o pagamento da Folha
Observa-se no cenário que ao lado da coluna do valor da despesa é apresentado o saldo acumulado, ou seja, partindo do total da disponibilidade financeira, quanto remanesce após cada pagamento. Antes de pagar à Folha do Executivo o saldo acumulado, ou em outras palavras, a disponibilidade financeira, é de apenas R$ 145,8 milhões, que, ao somar o total da Folha de R$ 1,141 bilhão, remanesce uma insuficiência financeira de R$ 995,7 milhões.
2. Desta forma, com estes R$ 146 milhões foi possível pagar somente os servidores do Executivo com salário líquido até R$ 2.000,00.
3. O saldo final, de toda disponibilidade financeira, no dia 31/10/2017, foi de apenas R$ 5.171.602,10 (conforme extrato bancário colado abaixo). Este saldo foi extraído via sistema FPE – Finanças Públicas do Estado, do valor total aplicado pelo Caixa Único, que consolida todos os recursos financeiros do Estado.
4. Importante observar que, como não se consegue solucionar o déficit estrutural, ele se repete mês a mês. Se considerarmos apenas as duas principais despesas que são de meses anteriores, a Folha remanescente de setembro (R$ 959,2 bilhão) e os 1/12 avos do 13º de 2016 (R$ 100,5 milhões), elas já comprometeram 39% de toda disponibilidade financeira do mês de outubro. E assim sucessivamente.
5. Dessa forma, no final do mês de outubro/2017, ao lançar toda a Folha do Poder Executivo, remanesceu uma insuficiência financeira de R$ 995,7 milhões, em que a opção que restou foi do seu parcelamento, já que ao longo do mês, como demonstrado acima, os demais recursos disponíveis tiverem que ser utilizados para pagar outros encargos, sob pena de gerar graves consequências aos gestores, aos servidores e a toda sociedade gaúcha.