Considerações sobre o pagamento da Folha
Observa-se no cenário que ao lado da coluna do valor da despesa é apresentado o saldo acumulado, ou seja, partindo do total da disponibilidade financeira, quanto remanesce após cada pagamento. Antes de chagar à Folha do Executivo o saldo acumulado, ou em outras palavras, a disponibilidade financeira, é de apenas R$ 426,2 milhões, que, ao somar o total da Folha de R$ 1.218,6 milhões, remanesce uma insuficiência financeira de R$ 792,4 milhões.
1. Desta forma, com estes R$ 426,2 milhões foi possível pagar somente os servidores do Executivo com salário líquido até R$ 3.500,00.
2. Importante observar que, como não se consegue solucionar o déficit estrutural, ele se repete mês a mês. Se considerarmos apenas as duas principais despesas que são de meses anteriores, a Folha remanescente de abril (R$ 594,6 milhões) e os 1/12 avos do 13º de 2017 (R$ 118,6 milhões), elas já comprometeram 27% de toda disponibilidade financeira do mês de maio. E assim sucessivamente.
3. Assim, no final do mês de maio/2018, ao lançar toda a Folha do Poder Executivo, remanesceu uma insuficiência financeira de R$ 792,4 milhões, em que a opção que restou foi do seu parcelamento, já que ao longo do mês, como demonstrado acima, os demais recursos disponíveis tiverem que ser utilizados para pagar outros encargos, sob pena de gerar graves consequências aos gestores, aos servidores e a toda sociedade gaúcha.